
O tiro esportivo brasileiro carrega em sua trajetória momentos gloriosos e personagens notáveis, embora muitos ainda permaneçam à margem do reconhecimento popular.
Para preservar essa memória e ampliar o acesso ao conhecimento sobre a modalidade, duas produções documentais desempenham um papel decisivo ao retratar o passado e o presente desse universo esportivo.
"Ouro, Prata, Bronze e... Chumbo!": a jornada inaugural olímpica
Em 2011, o diretor José Roberto Torero Jr. lançou o documentário "Ouro, Prata, Bronze e... Chumbo!", integrando o projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, responsável por produzir dezenas de filmes sobre modalidades pouco exploradas.
A obra resgata a epopeia da equipe brasileira de tiro esportivo nos Jogos Olímpicos de 1920, quando o Brasil conquistou suas primeiras medalhas olímpicas: ouro com Guilherme Paraense, prata com Afrânio da Costa e bronze por equipes.
Sem registros audiovisuais originais daquele período, Torero recorreu a uma narrativa criativa, encenando os acontecimentos com atores e construindo o documentário como se tivesse sido filmado por um dos próprios atiradores da delegação.
A produção alia rigor histórico com humor, abordando desde as competições até episódios curiosos, como o baile de Carnaval no navio rumo à Antuérpia e o empréstimo da pistola que possibilitou a vitória de Paraense.
Com duração de 26 minutos, o filme tornou-se uma peça fundamental no resgate da memória olímpica nacional.
Para assistir: Clique aqui.
"Alvo Olímpico": O presente e o sonho do amanhã
Lançado em 2013 pela Confederação Brasileira de Tiro Esportivo, "Alvo Olímpico" volta o olhar para o presente da modalidade e projeta seus próximos capítulos.
O documentário foi concebido com o objetivo de divulgar o esporte e atrair novos praticantes, sobretudo no ciclo de preparação para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Com 42 minutos, a produção traz entrevistas com atletas de renome e jovens talentos, além de técnicos e dirigentes que elucidam as 15 provas olímpicas do tiro.
Estão presentes nomes como Júlio Almeida, Emerson Duarte, Iengo Batista e Felipe Wu — este último, à época medalhista na Olimpíada da Juventude de 2010, e mais tarde prata olímpica no Rio, consolidando o potencial brasileiro na modalidade.
O filme também destaca as dificuldades enfrentadas pelos atiradores no país e os caminhos para o fortalecimento da prática.
Para assistir: Clique aqui.
Audiovisual a serviço da memória esportiva
Além de entreter e informar, essas produções integram um esforço maior de construção de um acervo cultural sobre o esporte brasileiro. O projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, viabilizado em 2011 através da Lei Rouanet em parceria com a ESPN Brasil, buscou registrar histórias de atletas consagrados e anônimos, criando um legado inédito para a cultura olímpica nacional.
Sob a coordenação de Daniela Greeb, o projeto deu liberdade criativa aos cineastas e garantiu ampla distribuição: exibições em TV e cinema, DVDs distribuídos a bibliotecas públicas e acessos pela internet, democratizando o acesso ao material. “Nosso objetivo era que essas histórias inspirassem principalmente os jovens, mostrando o valor de nossos atletas esquecidos”, explicou a diretora.
Conclusão
A loja Casa Colt, de Buritizal (SP), ressalta que o tiro esportivo brasileiro, com sua rica trajetória de conquistas e superação, encontra nesses documentários um meio valioso de preservação e promoção.
Obras como "Ouro, Prata, Bronze e... Chumbo!" e "Alvo Olímpico" não apenas resgatam a memória histórica como impulsionam o futuro da modalidade, apresentando ao público as raízes e o potencial desse esporte de precisão e disciplina.
Para saber mais sobre esses dois documentários sobre o tiro esportivo brasileiro, acesse:
Se você se interessou por esse assunto, saiba mais em:
https://casacoltburitizal.com.br/publicacao/tiro_esportivo_nas_olimpiadas
TAGS: