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Guerra, neve e precisão: a lenda de Simo Häyhä

09 JUN 2025

Em meio ao inverno severo do norte da Europa, entre 1939 e 1940, surgiu um nome que atravessaria as décadas como símbolo absoluto de precisão militar: Simo Häyhä, um modesto agricultor finlandês, transformou-se no franco-atirador mais letal da história, acumulando um número de abates sem precedentes.

A Guerra de Inverno: o palco da resistência finlandesa

A Guerra de Inverno teve início quando a União Soviética invadiu a Finlândia em novembro de 1939, esperando uma vitória rápida. Entretanto, os finlandeses surpreenderam o inimigo com táticas inovadoras de guerrilha, emboscadas em florestas densas e movimentação ágil sobre esquis. Nesse contexto, Häyhä emergiu como peça-chave, explorando o terreno e o clima rigoroso com maestria tática.

Durante apenas 98 dias de combate, Häyhä estabeleceu uma marca quase inacreditável: confirmou 505 mortes por rifle e cerca de 200 adicionais com submetralhadora, somando perto de 700 inimigos abatidos. O impacto de sua atuação foi tão significativo que as tropas soviéticas organizaram operações específicas para tentar localizá-lo e eliminá-lo.

A estratégia meticulosa e as técnicas que garantiram sua eficiência

Com 1,52 metro de altura, Häyhä conseguia ocultar-se com facilidade na neve profunda. Vestia-se inteiramente de branco e cobria o rosto, compactava a neve à frente para minimizar poeira ao disparar e mantinha neve na boca para esconder o vapor da respiração.

Surpreendentemente, não utilizava miras ópticas. Confiava apenas na mira de ferro de seu rifle M/28-30, evitando qualquer brilho que pudesse denunciá-lo sob a luz solar. Esse rifle, que já fazia parte de sua rotina de caçador antes da guerra, estava ajustado para tiros a 150 metros, e sua manutenção era feita diariamente, mesmo em temperaturas abaixo de -20°C.

Sua experiência na caça foi determinante, permitindo-lhe ler o ambiente com exatidão, estimar distâncias com precisão e movimentar-se com extrema cautela sem ser notado.

O ferimento grave e a rápida recuperação

No dia 6 de março de 1940, próximo ao fim da guerra, Häyhä foi atingido no rosto por uma bala explosiva, causando danos severos em sua mandíbula. Mesmo com o ferimento devastador, sobreviveu e recobrou a consciência exatamente na data em que o armistício foi assinado. Como reconhecimento, foi promovido diretamente de cabo a primeiro-tenente, numa ascensão sem precedentes na hierarquia militar da Finlândia.

Após 26 cirurgias reconstrutivas, Häyhä levou uma vida simples e discreta até sua morte, aos 96 anos, em Ruokolahti, no ano de 2002. Criou cães e retornou à vida de caçador nas florestas que tão bem conhecia.

O legado da Morte Branca e sua presença na cultura

O temido apelido “Morte Branca”, conferido pelos soviéticos, sintetiza o terror silencioso que representava nas florestas nevadas. Sua história, repleta de disciplina e eficiência, atravessou gerações e hoje inspira obras literárias, documentários e o cinema.

Em 2027, sua trajetória ganhará as telas com o filme finlandês "Häyhä", prometendo revelar tanto o lado técnico quanto o drama humano de um soldado que marcou a história da Segunda Guerra Mundial.

A loja Casa Colt, de Buritizal (SP), conclui que, mais do que o número impressionante de abates, o nome de Häyhä é sinônimo de controle absoluto, técnica refinada e resistência mental em condições extremas, tornando-se referência incontornável na arte do tiro de precisão.

Para saber mais sobre o atirador mais letal do mundo, acesse: 

https://sobrevivencialismo.com/2025/01/14/o-atirador-mais-mortal-do-mundo-simo-hayha/

https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/historia-morte-branca-o-mais-letal-franco-atirador-da-historia.phtml

Se você se interessou por esse assunto, saiba mais em:

https://casacoltburitizal.com.br/publicacao/filmes_sobre_atiradores_reais

https://casacoltburitizal.com.br/publicacao/MAIOR_ATIRADOR_DO_EXERCITO_BRASILEIRO


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